O mestre do haikai
Guilherme de Almeida
CIGARRADiamante. Vidraça.Arisca, áspera asa riscao ar. E brilha. E passa.CHUVA DE PRIMAVERAVê como se atraemnos fios os pingos frios!E juntam-se. E caem.OUTUBROCessou o aguaceiro.Há bolhas novas nas folhasdo velho salgueiro.O HAIKAILava, escorre, agita A areia. E, enfim, na bateia Fica uma pepita.NOTURNONa cidade, a lua:a jóia branca que bóiana lama da rua.HORA DE TER SAUDADEHouve aquele tempo...(E agora, que a chuva chora,ouve aquele tempo!)OS ANDAIMESNa gaiola cheia(pedreiros e carpinteiros)o dia gorjeia.
QUIRIRICalor. Nos tapetestranqüilos da noite, os grilosfincam alfinetes.
poesia.netCarlos Machado, 2003
• Guilherme de Almeida "Os Meus Haicais" In Poesia Vária 1947
_uacct = "UA-1994248-1";
urchinTracker();
Nenhum comentário:
Postar um comentário