terça-feira, 14 de agosto de 2007
Guilherme de Almeida
Essa que eu hei de amar…Essa que eu hei de amar perdidamente um diaserá tão loura, e clara, e vagarosa, e bela,que eu pensarei que é o sol que vem, pela janela,trazer luz e calor a essa alma escura e fria.E quando ela passar, tudo o que eu não sentiada vida há de acordar no coração, que vela…E ela irá como o sol, e eu irei atrás delacomo sombra feliz… — Tudo isso eu me dizia,quando alguém me chamou. Olhei: um vulto louro,e claro, e vagaroso, e belo, na luz de ourodo poente, me dizia adeus, como um sol triste…E falou-me de longe: "Eu passei a teu lado,mas ias tão perdido em teu sonho dourado,meu pobre sonhador, que nem sequer me viste!"
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