sábado, 27 de maio de 2017

Tomou conta de mim

Tomou conta de mim
O esplendor do dia tomou conta de mim e o brilho do sol foi se colando à minha alma como purpurina perfumosa.
Deus surgiu da laranjeira florida, de mim e dos bichanos rolando no chão, num sorriso grandão, brincando solto na brisa fresca da hora. Tudo foi sendo resolvido no compasso de uma modinha de viloa ouvida ao longe. Nada pendente que não fosse tomado pelo rabo e soprado ao éter. As dores colecionadas pelo corpo cansado da faina, os sustos tomados nas escuridades do caminho, a fome que o egoísmo permitiu, a solidão aguda dos descabidos na vida; a cura foi total.
É assim que sinto o mundo-em-Deus, é de tal forma que há de ser por igual o achegar de Deus para ver a Sua obra tão bem feita que somos nós.
Há algum argumento contrário? Não mais...
Onaldo

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