quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Adeus a Nélida.

Nesse final de semana, o Brasil se despediu de Nélida Piñon, uma das maiores escritoras que o país já teve. Juntamente com Clarice Lispector, de quem foi grande amiga, e de Lygia Fagundes Telles, também falecida esse ano, fez parte de uma geração que abriu caminhos para outras escritoras e também foi a primeira autora a presidir a Academia Brasileira de Letras, em 1989. Dona de vasta obra com títulos como "A República dos Sonhos" e "O Calor das Coisas" teve foi traduzida para mais de 30 países e recebeu diversos prêmios, entre eles, o Casa de las Americas. Tinha uma relação intensa com a cultura e a literatura. Em seu livro de memórias "Livro das Horas" escreveu: "Em público, tendo a ser exuberante. Enamorada das palavras, elas vão além dos meus desejos. Já que a literatura é a mãe das vicissitudes e sua matriz remonta ao início do mundo. Mas sendo ela tudo o que sei e o que eu ignoro, uma página, de repente, com sílabas, significados e lágrimas, liberta a mim e ao leitor."

Nossos profundos sentimentos aos fãs, amigos e familiares. Que sua obra e contribuição para a arte brasileira se mantenham sempre vivas.

Nenhum comentário: